sábado, 12 de julho de 2014

Penso-sinto

Eu queria dizer tudo que sinto
Assim, desaforada, gritar meus sentimentos
Não louca e desproporcional,
Mas sábia, no lugar certo.

Dizer o que sinto sem medo, sem meias palavras.
Sabendo que serei escutada
Menos nos despropérios
Mais na sabedoria que existe no sentimento

Me cansa esse saber
Que precisa ser fundamentado em teorias
Mas que não aceita o coração
Não aceita o toque, o arrepio da pele
Não aceita o coração que pulsa
Como argumento válido, importante

O que eu sinto
É também o que eu penso
Mas colocado em outras palavras
Baseado menos no que eu li
Mais no que eu vivi e senti
Menos nos teóricos,
Mais nos poetas, cantores, artistas

Assim, como toda arte
Talvez meio exagerado
Meio sentimento que explode
Que assume métricas menos formais
Raciocínios que se explicam
Sem introdução, argumentação e conclusão
Mas como poesia que gira, que grita, que faz um sentido menos racional, menos óbvio...

Mas que ainda sim é a verdade.

Verdade falada
Verdade sentida
Realidade.

Só assim sei dizer o que penso-sinto, sem formalização desnecessária.

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